E aí, pessoal. Tudo certo? Começo de ano, época boa pra falar sobre começar coisas, mas sempre que algo começa é porque alguma outra terminou. Então vamos falar do que termina...
Quantas vezes você já postergou alguma decisão por medo das consequências, ou por não saber o que está por vir? A insegurança é algo normal, o problema é quando ela nos paralisa e faz com que evitemos o fim de um ciclo, e consequentemente a início de outro.
Quando a gente faz isso, é como se patinássemos no aprendizado, e muitas vezes nos expomos a situações as quais não precisaríamos. Claro que podemos usar essas situações pra aprender algo, e claro que a responsabilidade também é nossa, mas pra quê, não é mesmo?
Pra quê ficar num ciclo que já ofereceu tudo o que tinha pra oferecer, tentar se encaixar pra caber em algum círculo social, grupo, profissão, faculdade.... estilo de vida... pra quê?
Na maioria das vezes é só porque a zona de conforto é mais quentinha, porque os problemas que esse ciclo oferece a gente já conhece. Mutias vezes as próprias circunstâncias já estão nos colocando pra fora, mas a gente teima em ficar. Parafraseando a Lei Hermética de Ritmo, que diz que tudo tem seu fluxo e refluxo, tudo sobe e desce, e o ritmo é a compensação, muitas vezes o pêndulo está nos jogando pra um lado, e estamos agarrados à outro. De qualquer maneira, ele vai vencer. Mas esse gasto de energia que temos pra forçar a não-movimentação é cansativo e improdutivo. Muito melhor perceber pra onde o pêndulo está nos jogando e acompanhar o fluxo, aproveitar... e ao invés de querer impedir, entender a dança.
Okay, é muito fácil falar, mas quando se está à beira do precipício a situação complica, não é? É.. a vida não tem modo Beta, é só jogo valendo. Mas e se ao invés de nos prendermos emocionalmente, pudéssemos racionalizar sobre o fim de um ciclo... tão sobriamente quanto nesse texto. E por que não podemos?
![](https://static.wixstatic.com/media/14b313_0aead5484cb54b758bdc9e39484f849d~mv2.jpg/v1/fill/w_564,h_1002,al_c,q_85,enc_auto/14b313_0aead5484cb54b758bdc9e39484f849d~mv2.jpg)
Pois é, podemos. Mas estamos enferrujados. A prática pra términos de ciclo só vem quando você começa a fazer e começa a entender como isso funciona, sem se agarrar a muitas coisas. É como se estivéssemos em um moinho e cada vez que ele gira, damos mais um passo pra cima, de modo a ficar sempre em movimento, oscilando entre cima e baixo, aprendendo a ter equilíbrio.
Terminar um ciclo mexe também com o nosso ego. Como assim acabou? Como assim não consegui realizar tudo o que planejei? Como assim eu estava errado?
Seja você muito bem resolvido com as questões internas que te levaram a ser quem é hoje ou extremamente frustrado por estar onde está, a verdade é que nem sempre os ciclos vão terminar quando a gente planeja. E entender que coisas vão ficar pelo meio do caminho, sem entendimento, é aprender a desapegar. Isso não significa deixar rastros pra trás (isso inclusive precisa ser evitado. Como finalizar um ciclo com pendências?), significa aceitar que a gente não vai saber de tudo. Não vai ter respostas mesmo que sejam muito importantes, mas cabe a nós determinarmos que isso não vai mais assombrar.
Enfim, usemos 2020 pra aprender mais um pouco sobre a dança do ritmo da vida. Bom ano pra vocês!
Comments