Vivemos tempos corridos. Nem sempre a gente tem tempo pro ócio, tão importante pros filósofos da antiguidade. Somos bombardeados com estímulos todos os dias, o dia todo. Televisão, barulho, problemas, celular. Whatsapp, Instagram, Facebook, Twitter. Trabalho, tarefas domésticas, obrigações diárias, compromissos sociais. No meio desse barulho um silêncio ensurdecedor se faz presente: onde foi parar o afeto?
É, sabe aquele carinho despretensioso no fim do dia, ou um abraço de gratidão ou consolo em um coleta. Vale até mesmo em desconhecidos. Qual foi a última fez que você deu um abraço em alguém. Qual a última vez que você recorreu a esse recurso pra proporcionar calma ou pra demonstrar o que você sente?
Aonde foi parar o afeto diário entre as pessoas? Talvez tenha se perdido no meio da correria, mas nunca é tarde pra reinventar. E não precisa ser só abraço. Vale pra qualquer tipo de afeto: elogiar a comida que alguém fez, agradecer pelo bom atendimento do garçom, dizer a alguém como está bonito hoje... telefonar pra um amigo antigo e dizer o quanto foi importante, mandar uma mensagem pros seus pais dizendo algo legal, ou fazer as pazes com aquele alguém.
A vida já é difícil demais pra deixar de lado as pequenas coisas especiais e boas que as pessoas fazem, serve como descompressão nesse mundo louco. Isso pode te fazer começar a enxergar cada vez mais coisas legais nos seus dias, porque você simplesmente vai começar a prestar atenção. É um processo natural. Já estava ali, mas você não percebeu.
Mudar o ponto de vista sobre as coisas é fundamental pra encontrar outras saídas que você ainda não enxerga. Às vezes é uma questão de ponto de vista.
Ah, e claro, demonstre afeto para a pessoa mais importante: você. Cuide-se, fale pra você mesmo coisas legais que você já fez na vida (vamos lá, estatisticamente falando é impossível não existir nenhuma). Comece esse processo, dê o primeiro passo. A prática vem com o tempo.
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