O bem que a gente fez ninguém pode apagar. O nosso crescimento ninguém pode tirar

É muito reconfortante fazer as coisas pelos motivos certos. Porque quando a gente descobre que todos os outros pilares eram falsos, pelo menos a nossa motivação não era. Podemos descobrir coisas horríveis sobre quem nos guiava, histórias terríveis das pessoas que a gente achava que tinham boas intenções, mas o bem que a gente praticou sempre terá mesmo valor. Porque não fizemos só porque tinha alguém olhando, não fizemos pela aprovação de ninguém (algumas vezes, inclusive, fomos reprovados por nos manter no bem). Fizemos única e exclusivamente pra ver o outro melhor, pra ter a sensação de dever cumprido por ser mais um tijolo na edificação do bem no mundo. Isso tira o peso dos nossos próprios erros, porque demos nosso melhor e melhoramos a cada dia. E o mérito é nosso, porque se tivéssemos olhado pra quem deveria ser espelho, não chegaríamos a lugar nenhum (neste caso). Crescemos porque crescemos. Não copiamos o comportamento de ninguém. Descobrimos a duras penas o que é ética e moral, e as aperfeiçoamos. O caminho ainda é longo, mas é o nosso. Não é o caminho que alguém falou que teríamos que trilhar. As pessoas que ajudamos sempre serão gratas independente das pedras que atiraram e continuam atirando.

No fim, as coisas que fazemos precisam ser por causa das nossas convicções. Se for por qualquer outra coisa, uma hora ou outra vamos nos decepcionar. Pessoas, religiões, lugares... não devem ser motivo por si, mas somente impulsionadores da nossa própria vontade.